Cadeias Alimentares

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Uma cadeia alimentar pode ser definida como uma sequência de seres vivos, em que um ser vivo se alimenta do nível trófico que lhe é anterior.

Uma cadeia alimentar inicia-se, normalmente, com um ser vivo designado por produtor ou autotrófico, ou seja, um ser vivo que consegue produzir o seu próprio alimento e que está situado no 1º nível trófico. O 2º nível trófico é ocupado por um herbívoro, consumidor de primeira ordem, o 3º nível trófico por um carnívoro, um consumidor de segunda ordem, e o 4º nível trófico por um consumidor de terceira ordem, e assim sucessivamente. Os decompositores não ocupam um nível trófico específico, porque atuam em qualquer ser vivo após a sua morte, decompondo-o.

Cadeia Alimentar
Cadeia Alimentar


Teia Alimentar

Uma teia alimentar ou rede alimentar é um conjunto de cadeias alimentares interligadas.

Como as cadeias alimentares não ocorrem isoladas na natureza, cada ser vivo serve de alimento a muitos outros ser vivo.

Portanto, existe uma grande interligação entre cadeias alimentares, onde seres vivos que podem pertencer a diferentes cadeias alimentares e ocupar diferentes níveis tróficos.

Teia Alimentar
Teia Alimentar


Fluxo de energia

A energia pode existir de várias formas, por exemplo, sob a forma de calor, luz, eletricidade e energia química. Quase todos os organismos dependem de radiação solar, quer seja direta ou indireta, para obterem energia, que é captada pelos produtores através da fotossíntese.

Os herbívoros, assim como os carnívoros, ao consumirem os produtores e os herbívoros respetivamente, obtêm cerca de 10% de energia uma vez que esta perde-se nas diferentes atividades dos seres vivos ao longo da cadeia alimentar.

O fluxo de energia designa-se como unidirecional, ou seja, na maioria das cadeias alimentares, a transferência de energia inicia-se com a captação de energia do Sol pelos produtores e acaba nos decompositores.

Representação da transferência de energia numa cadeia alimentar
Representação da transferência de energia numa cadeia alimentar


Nem toda a energia contida nos alimentos é armazenada, uma vez que:

  • Uma parte dos alimentos ingeridos não serão absorvidos, serão eliminados pelas fezes;
  • Parte da energia contida nos alimentos digeridos será utilizada em atividades vitais ou perdida sob a forma de calor.

Fluxo de matéria

Ao contrário da transferência de energia, que é unidirecional, a matéria que é transferida numa cadeia alimentar é reutilizada. Após a morte dos seres vivos os decompositores transformam os seus compostos orgânicos em substâncias mais simples, como minerais, que assim regressam ao ambiente, podendo ser utilizados pelos produtores para produzir matéria orgânica através da fotossíntese. 

Representação do ciclo de matéria numa cadeia alimentar
Representação do ciclo de matéria numa cadeia alimentar


Bioampliação e Bioacumulação

Bioampliação e bioacumulação
Bioampliação e bioacumulação

Bioampliação- ao longo da cadeia alimentar, o predador de topo vai acumulando metais pesados (chumbo, alumínio,...)



Bioacumulação- ao longo da vida, o organismo vais acumulando metais pesados.

Intervenção do Homem nas cadeias alimentares

Nos ecossistemas existem centenas de espécies que interagem entre si e com o meio onde vivem. Essas interações dão-se pela procura de alimentos, abrigo, reprodução, entre outros...

A poluição é um exemplo de intervenção humana
A poluição é um exemplo de intervenção humana

No entanto, algumas intervenções, podendo ser humanas ou naturais, causam uma elevada mortalidade em espécies, por sua vez, irão causar desequilíbrios nas relações estabelecidas entre as espécies. 

Desequilíbrio do ecossistema

Desequilíbrio de uma cadeia alimentar devido à introdução de espécies exóticas

A plantação de espécies exóticas é um exemplo de como se pode provocar um desequilíbrio na cadeia alimentar.

A plantação de espécies exóticas mais competitivas, leva à extinção de espécies naturais. Uma vez que insetos e outros animais acabam por morrer ou fugir para outros locais. As monoculturas provocam a redução da biodiversidade local.

Exemplos de algumas espécies exóticas:

  • caramujo africano
  • abelha europeia
  • Mexilhão dourado

Com a redução da biodiversidade local, o número de pragas aumenta, uma vez que não existem predadores desta espécie.

Para controlar estas pragas, o Homem desenvolveu inseticidas que atuam no sistema nervoso dos insetos. No entanto, a utilização desses químicos tem consequências:

  • os resíduos dos químicos utilizados infiltram-se no solo e podem, através da chuva, chegar aos lagos e aos rios;

Assim, mais um desequilíbrio se estabelece devido à contaminação por inseticidas que compromete a saúde de várias espécies incluindo o Homem.


Introdução de espécie exótica no meio

O "Chorão-das-Praias" (Carpobrotus edulis) é uma planta não indígena (exótica), com origem na África do Sul, que não ocorre naturalmente no território português, tendo sido introduzida para fins decorativos e mais tarde, cultivada para fixar taludes e dunas.

A sua impressionante capacidade de propagação e vigoroso crescimento vegetativo facilitou a rápida colonização e ocupação de vastas áreas, formando, nalguns locais, tapetes contínuos que impedem o desenvolvimento e a sobrevivência da vegetação nativa.


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